sexta-feira, 17 de maio de 2013

O mundo da voltas


Por mais que muitas vezes achemos que estamos no controle das coisas, a vida sempre nos mostra o quanto nós estamos vulneráveis, e que podemos ser surpreendidos com uma certa freqüência. Sempre achamos que tudo sempre só acontece com os outros, mas isto está longe de ser verdade. Diariamente comprovamos isso.

Qual deve ser a nossa atitude quando alguém que nós temos muito amor e consideração falha com a gente? Assim, falha de verdade, fere o nosso coração. Até que ponto podemos suportar uma traição? Até aonde vai a capacidade de perdoar? Qual é o limite dessa linha tênue entre a amizade e a nossa individualidade!? 

Essas são perguntas que não existem respostas feitas, não existe um padrão para definição. Tudo depende do momento. Do olho no olho. 

Eu acredito na verdadeira reação. Não é o erro que importa, mas sim o seu comportamento depois dele. Todos nós estamos sujeitos a falhar com alguém, até com pessoas que amamos. Bons argumentos nem sempre existem para nos salvar a pele. Pedimos perdão, somos então perdoados, mas o verdadeiro perdão vem com o calo que se forma depois da ferida, isto é, com um tempo indeterminado. Com um conjunto de ações pós-vacilo. 

Mas sabemos que todos nós temos um limite, pois há feridas tão profundas que nem o tempo, nem o amor podem curar. O universo seria pequeno para tamanha mágoa incurável. 

Eu acredito na amizade, acredito em valores e princípios, na família, numa relação eterna entre homem e mulher, acredito no verdadeiro sentimento. Acredito na veracidade dessas palavras e no brilho de arrependimento no teu olhar. Mas deixei de acreditar no sentimento incorrompível, no sentimento indestrutível, no sentimento completamente puro. Pois um diamante bruto demora milhões de anos para ser feito, mas com a intensidade certa apenas um segundo para quebrar. E aí meu amigo... a vida segue.

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