sexta-feira, 17 de maio de 2013

As máscaras que caem


          Eu não queria que assim fosse. Nada mais. Fica tudo sem sentido, sem aptidão para o real. Olhos que evitam me olhar, epa! A boca que se abre, e nada me diz. Tentar entender é o que me resta, desprezar? Com certeza, me calar? Nunca.

          Cartas na mesa! Assim, eu exijo! Esvazia os teus bolsos! Nada mais tens aí? Vamos, não se acanhe! Mais um pouquinho de seu veneno, sua cobra dissimulada. Sua palavra já não me ilude, seu discurso cínico já te contradiz antes mesmo de você o fazê-lo. E agora? Contra fatos não há argumentos. E contra você, a verdade.

          As máscaras possuem elásticos frouxos, são tendenciosas a cair. Fazer os alguns de idiota às vezes é possível, mas não à todos o tempo todo. Então mostra a tua cara, porque mesmo sendo uma pessoa falsa, assumindo, terá uma identidade. Com a sua máscara, nem existirá, inclusive para você mesmo.

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