sexta-feira, 17 de maio de 2013

Negócios a parte


          Você é dono de uma empresa, um parente te pede um emprego, o que tem relevância? Seu currículo ou o seu parentesco? Dividir o aluguel com um amigo é a melhor opção? Tenho que demitir um parente. E agora? Meu sócio é meu melhor amigo, isso é bom?

          É muito comum se ver um parente sendo chefe de outro em algumas empresas, ou amigos dividindo o aluguel ou sendo sócios nos negócios. É uma situação inicialmente confortável e promissora, pois sabemos da procedência de parentes e de nossos amigos, existe uma relação de confiabilidade, e acreditamos ser uma ótima idéia trabalhar ou dividir as despesas com pessoas queridas, principalmente se existir uma amizade mútua. Mas existe algo a ser pensado. E se o seu amigo ou parente começar a confundir as coisas? Intimidade e profissionalismo às vezes é uma combinação perigosa para os negócios. E se essa pessoa se mostrar um péssimo funcionário? Se, de repente, não condizer com o perfil da empresa? Ou estiver atrasando os trabalhos? Pois é, o que no início parecia uma boa ideia, agora já não é tão interessante. E agora? Poderá tentar conversar, mostrar o que está errado. Ela fala que vai mudar, e o tempo passa, e nada. Pronto, vai ter que demitir, o sonho se torna pesadelo. Como fazer isso sem prejudicar a relação afetiva?
          Na maioria das vezes as pessoas acham que estão certas; humildade é jóia rara nesse mundo, precisando do emprego então… Não tem outro jeito, se coloca o coração na gaveta e se age com a razão. O mesmo vale para uma eventual sociedade, tanto empresarial quanto num simples racha das despesas de casa, são poucas as que prosperam, e também são poucos os que permanecem amigos. Quando a irresponsabilidade financeira de um mexe com o bolso do outro as coisas complicam. Dinheiro é divisor de águas. E de relações.

          Só existe uma forma para esses casos obterem algum sucesso: Usando o velho bom senso. Saber separar as coisas, é o primeiro e mais difícil passo. No âmbito de trabalho deve enxergar-se como qualquer outro funcionário. Ter horário e tarefas a cumprir, salário a receber, e contas a prestar. Ponto. Em uma sociedade, ter responsabilidade, e honrar o que foi pré-estabelecido. Sem mais nem menos. Tem que deixar claro desde o início do compromisso. Ter palavras firmes e coesas fazem toda a diferença na hora de passar as ordens.         

          Ter uma comunicação sempre transparente e sincera quando se envolve dinheiro e compromisso é a chave de uma duradoura e firme parceria. E por que não, amizade.

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