Muitos conhecem a história de
Edmund Dantés. Um marinheiro humilde que sonhara em se casar com uma linda
garota chamada Mercedes. Ele foi traído pelo seu melhor “amigo” Fernand, que o armou
uma cilada, ele foi condenado a ficar preso para o resto da vida, deixando o
caminho livre para roubar-lhe a sua amada. Edmund escapa da prisão, encontra um
tesouro, e se torna um Conde, dando início ao seu plano de vingança contra os
que o apunhalaram pelas costas. Essa é uma menção a um romance da literatura
francesa, “O Conde de Monte Cristo”, escrito por Alexandre Dumas, em 1844, este
que também foi o autor de “Os Três Mosqueteiros”, com sua famosa frase: um por
todos, e todos por um. Faço alusão a essas obras, pois a primeira nos mostra a
natureza destrutiva da inveja e da vingança, e a segunda o sentimento
verdadeiro de união e cumplicidade.
Existe uma história real de um homem
sonhador. Roberto Santiago nasceu em berço esplêndido, em meio a muito
trabalho, empreendimentos, barulho de máquinas, e muito café. O seu pai,
Divaldo Nóbrega, um visionário, que lhe ensinara palavras como, humildade,
caráter e família. Como todo homem de negócios bem sucedido, era invejado por
muitos, dos quais torciam noite e dia por sua queda. E ela aconteceu. A
falência das empresas da família foi inevitável. Segundo Roberto, o maior erro
de seu pai era a confiança que depositava em demasia nas pessoas. O que custou
caro para ele, um dos maiores empreendedores de seu tempo. Mas, uma coisa era
certa: se podia perder dinheiro, mas nunca o conhecimento, a vontade, e os
sonhos. Essas foram às ferramentas usadas pelo jovem Roberto Santiago para dar
a volta por cima. Começo vendendo terrenos dos outros, depois capitalizado,
vendeu seus próprios terrenos. Depois de vender aproximadamente 60 mil lotes e
promover alguns bingos, armazenou dinheiro, contou com o apoio do então gerente
do banco Itaú, José Dias Filho, e voa lá – nasce o projeto de construção de uma
galeria de lojas, ou o MANAÍRA SHOPPING – um empreendimento arrojado, digno de
um homem que olha a vida nos olhos, e não tem medo de encarar o seu destino.
Mas é claro que surgiram frases do tipo: “Não vai dar certo”, ou “Ele está
sonhando alto demais, vai se esborrachar”. Pessoas assim são covardes e pensam
que todos nós somos.
Preciso comentar o desfecho dessa
história? Acho que não. O que seria da nossa cidade sem o Manaíra Shopping? Ou
melhor, sem um sonhador como Roberto Santiago?
Vem correndo na internet, histórias deturpadas sobre esse empresário.
Desde que me conheço por gente, escuto comentários maldoso sobre ele e sua
família. Apenas por ser uma pessoa bem sucedida. Engraçado que essas pessoas
nutrem uma inveja por sua riqueza, mas não pelo trabalho responsável por ela. Se
pensarmos bem, ninguém é realmente digno de inveja, mas muitos são dignos de
lástimas. Não devemos atirar pedras nos filhos de nossa terra, esses que nos
orgulham pela sua capacidade de empreender, e de amar ao próximo. Meu pai o
conhece bem, e me emociona a forma com que se refere a ele. Assim como o conde
de Monte Cristo, a sua família sempre foi alvo de inveja, e diante de tudo o
que o acusam, não é capaz de pensamentos negativos contra os que o alvejam,
pois como no passado, o pai dissera: “Todos se destruirão por si só, e pagarão
em dobro”. E não esqueçam: a inveja é a falta de fé em nós mesmos. Torçam por
ele. Lutem com ele. Cresçam com ele. Um por todos, e todos por um.
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